sábado, 16 de julho de 2011

Autenticidade cristã

A vida cristã nunca foi algo fácil. Não me refiro ao ser crente simplesmente, ou membro de uma igreja, mas da vida cristã autêntica. Mas, para que possamos falar sobre vida cristã autêntica, precisamos ser mais específicos com relação ao conceito de autenticidade.
“Ser autenticado é ser válido segundo as exigências da lei”. Ser autêntico significa: ser verdadeiro, genuíno.
Tomaremos a palavra com o ultimo significado: genuino-puro, sem mistura. Quando nos referimos à vida cristã autêntica temos em mente uma vida que em todos os seus aspectos se enquadra nos padrões ou princípios orientadores da palavra de Deus. Não significa exigir perfeição, mas direcionamento. Em outras palavras, é ter uma vida direcionada pelos princípios cristãos.
E necessário deixar claro aqui que não devemos, e nem podemos, querer nos mostrar ou “parecer” perfeitos, pois isso seria no mínimo um auto-engano (IJo.1. “8”-10). Porem, muitos não tem entendido corretamente esse ensino bíblico e conseqüentemente vem desenvolvendo uma vida cristã medíocre. A vida cristã autêntica, ao contrario do que muita gente entende, não é uma vida isenta de falhas. Se alguém duvida, examine na Escritura Sagrada a vida dos “grandes personagens” da história do povo de Deus [Noé, Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Pedro Paulo] estes desenvolveram uma vida de autêntica comunhão com Deus, embora não fossem homens perfeitos. Mas, o que significa ser um cristão autêntico? Consiste no fato de não se conformar com o pecado, não amoldar-se ou tomar a forma do mundo, não querer se auto-justificar ou culpar a outros quando cometer pecado (I Samuel, 15.12-21). É não expressar apenas com os lábios que ama a Deus (Mc. 7.6,7 ), mas mostrar com atitudes (I João ). É ter o coração influenciado e voltado para Deus. Estas não são coisas subjetivas, abstratas (vida cristã não é subjetiva, mas objetiva). A vida cristã autêntica se expressa através de atitudes que podem ser demonstradas e observadas na vida dos filhos de Deus (Mt. 7. 15-29). Não se deve confundir com pragmatismo religioso. Não são as práticas que tornam uma pessoa cristã. Mas, as virtudes apresentadas na Escritura Sagrada fazem parte da vida cristã autêntica, e todo e qualquer cristão que se diz cheio do poder de Deus (crentes “He-Mam”), que alega ser usado pelo Espírito, que se denomina um legítimo adorador ou ministro de Deus e não demonstra estas atitudes em sua vida, e não se empenha em desenvolvê-las em seu cotidiano, ou que não se lamenta por não desenvolver estas virtudes em seu viver (II Pe 1.4-10) não passa de um “coitado espiritual”, se gabando de grandes feitos (Ap. 3.14-22). Estas atitudes embora não torne uma vida (pessoa) cristã, servem como indicativos de que a pessoa acredita de fato no que professa. Elas autenticam as palavras proferidas pelos lábios cristãos. As vidas onde nãos se encontram estas virtudes, não expressam autenticidade. Quando professam algumas palavras, mesmo que sejam bonitas, não passam de discurso vazio (e creio que temos visto isto em abundância nos dias atuais).
Autenticidade é um elemento crucial para a fé cristã, e para que possamos expressar a autenticidade de nossa fé é necessário que tenhamos a Escritura Sagrada como parâmetro.  
A parti desta reflexão já podemos fazer uma avaliação séria do tipo de cristianismo visto e vivido em nossos dias.
Roguemos ao Senhor que nos leve a viver de um modo digno do evangelho. Que tenhamos vida cristã autêntica. De outra forma, todas as declarações, pregações e músicas evangélicas não passam de discursos vazios, inútil, inautênticos e sem valor algum.   
Antonio Luis