segunda-feira, 9 de abril de 2012

... e Este crucificado - I Co.1.17-25

Qualquer cristão sincero que deseja ter uma vida agradável diante de Deus, não deixa de ter certa inquietação diante da realidade evangélica de nossos dias. Existem dezenas de grupos evangélicos, sem falar de alguns grupos religiosos que há séculos vem deturpando a mensagem do evangelho, que proclamam mensagens e ensinamentos dos mais diversos possíveis. Como fruto disso, temos uma geração confusa, e às vezes, até alguns irmãos são afetados com tudo isso depositando sua fé e confiança em ensinamentos ou fundamentos que não refletem a verdade do Evangelho. Paulo, sem dúvida alguma, foi um dos apóstolos que mais contribuiu com a teologia cristã. Com seu ministério voltado para os gentios (Gálatas, 2.7) ele teve que lidar com várias questões relacionadas à salvação. Sendo assim ele discorreu sobre vários assuntos teológicos. No entanto, embora discorresse sobre várias questões teológicas Paulo fez questão de deixar claro que, como ministro do evangelho, sua mensagem tinha um fundamento definido; Cristo crucificado (I Coríntios, 1.23; 2.2). Mas em que consistia a mensagem da cruz, visto que o apóstolo cuidava para que a mensagem da cruz não fosse esvaziada (I Coríntios, 1.17)? Por que, como Paulo declarou, havia muitos que viviam como inimigos da cruz de Cristo (Filipenses, 3.18)? E por que a cruz de Cristo atraia, muitas vezes, a perseguição (Gálatas, 6.12)? A MENSAGEM DA CRUZ A intenção principal do apóstolo Paulo em enfatizar que seu ministério tinha como fundamento Cristo crucificado, ou a mensagem da cruz é resguardar a igreja de um problema muito sério e sutil, o qual põe em risco a boa saúde da igreja. Partindo de uma das principais passagens onde o apóstolo aborda este tema (I Co, 1 e 2) podemos vê-lo combatendo algo que pode ser considerado como um tipo de semente do humanismo; a tendência de se supervalorizar a sabedoria, a força ou capacidade humana, e até mesmo os próprios interesses humanos. A idéia principal aqui fica evidente pela forte ênfase no contraste entre a sabedoria humana e a sabedoria de Deus. Em primeiro lugar vemos a declaração divina; destruirei a sabedoria dos sábios e destruirei a inteligência dos inteligentes (1.19). E o apóstolo prossegue; onde está o sábio? Onde está o questionador desta era?Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo (v.20)? No entanto apenas um grupo de pessoas pode perceber esta realidade: os cristãos. Pois o restante da humanidade continua na tentativa de conhecer a Deus através de seus próprios recursos e ou esforços. Alguns têm feito a tentativa de conhecer a Deus por meio da sabedoria humana (v.21), por outro lado há um grupo de pessoas que fincando os pés em uma atitude do tipo existencialista ou de pragmatismo religioso exige a realização de milagres para poder acreditar ou confiar na Palavra de Deus. O apóstolo, porém, está decidido a não muda a ênfase ou conteúdo de sua pregação; a mensagem da cruz, o Cristo crucificado. O desviar-se deste foco, no contexto de Paulo, tinha algumas implicações para a igreja. Em nosso contexto, porém, creio que as implicações multiplicaram-se....... Pr.- Antonio Luis -

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