quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Interpretação de Romanos 7 - Parte III

Conclusão Como já foi observado, não podemos interpretar o capitulo sete de Romanos à parte de seu contexto maior, o qual corresponde aos capítulos seis a oito (Rm. 6-8). Em Romanos seis o apóstolo mostra a seus leitores que todo aquele que se uniu a Cristo encontra-se em condições de desenvolver um estilo de vida agradável diante de Deus (Rm. 6.12-13). O pecado não dominará mais o crente (6.14a). Esta é uma verdade implícita na passagem, e esta verdade tem como base o fato de que o crente não está mais debaixo da Lei, mas debaixo da graça (6.14b). Somente por não está mais debaixo da Lei, o crente agora pode desenvolver uma vida de santidade. Antes, sob a Lei, o crente vivia escravizado pelo pecado, que tomou ocasião, por causa da fraqueza da carne perante a Lei. Agora, sob a graça, o crente vive livre da Lei e conseqüentemente livre domínio do pecado, para oferecer-se a Deus, em santidade de vida com base na Lei do Espírito de vida (8.2). No capitulo sete (Rm, 7), o apóstolo destaca mais claramente a real condição humana perante a Lei. Esta é santa, justa e boa, nós, porém, somos pecadores por natureza. A Lei é espiritual, nós, porém, somo carnais (Rm. 7.14), isto é; nossa natureza humana foi afetada pelo pecado, e ainda continua presa a ele. As inclinações desta natureza são sempre contrárias à santidade de Deus, não se submete à Lei (Rm. 87). Os impulsos carnais, em todo e qualquer momento oportuno, manifestam-se em ações contrárias às justas exigências da Lei. Faz parte da natureza humana corrompida pelo pecado o agir contrário à vontade de Deus. Ai está a razão pela qual não podemos tomar como base a observância da Lei para desenvolver uma vida de santidade para com Deus. Nossa natureza carnal milita contra toda instituição que queira refrear seus impulsos pecaminosos. Portanto, é a conclusão do apóstolo, para que o cristão desenvolva uma vida de santidade para com Deus, é necessário viver sob a direção do Espírito Santo, em total dependência deste. Esta conclusão encontra-se no capitulo oito, onde Paulo apresenta o viver cristão ideal. É nesta perspectiva de vida que todos nós devemos nos apegar. Sem perder de vista nossa real posição como filhos de Deus e herdeiros com Cristo. É a ação do Espírito Santo na vida do crente que o leva a viver de modo agradável diante de Deus, produzindo fruto de justiça, por intermédio de Jesus Cristo, para glória de Deus. A vida cristã vitoriosa só é possível se vivida segundo o Espírito; “Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne” (Gálatas 5.16). O Senhor nos conceda sempre a graça de compreender, crê e viver esta verdade.

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