sábado, 30 de junho de 2012

Teísmo aberto

Quem pensa que o teísmo aberto é um problema que já foi solucionado, e que não tem causado influencias negativas na vida da igreja, se engana. Na verdade, creio,esta teologia continua sendo disseminada no ceio de nossas igrejas, inclusive por pessoas (líderes) bem influentes. Em um artigo que trata da questão pude ver a opinião de vários líderes que, se observado com atenção, quando não vitalizam tal posição (teísmo aberto) por suas declarações a favor, contribuem com a mesma ao se mostrarem negligente em não assumirem uma postura correta quanto a uma teologia definida. Muitos tem se mostrado negligente com relação a assuntos ou questões importantes para a saúde da igreja.

Imutabilidade e Teísmo Aberto
O termo “Teísmo Aberto” foi cunhado pelo adventista Richard Rice contudo, segundo Paulo Brabo, tais idéias circulavam entre Wesley e Arminius. Semelhantemente a teologia adventista, pontua que muitos dos conceitos da teologia clássica seriam importados da filosofia grega, do qual muito herdaríamos. Segundo Paulo Brabo, o conceito de Deus imutável, impassível e fora do tempo, é acertadamente de origem grega. E salienta que os defensores do Teísmo Aberto afirmavam que termos como onisciência, onipotência e onipresença não aparecem na Bíblia.
[O fato de alguns termos teológicos não aparecerem na Bíblia não significa que os mesmos não sejam verdadeiros ou bíblicos pois, a exemplo do que falamos, Os termos; Trindade, personalidade do Espírito Santo, divindade e humanidade de Cristo etc. também não aparecem na Bíblia. E ai, abandonemos tais conceitos por não aparecerem na bíblia? - Antonio Luis]
Ricardo Gondim é mais profundo nesse pensamento contra a imutabilidade de Deus:
“Os gregos não concebiam a possibilidade de Deus mudar. Segundo eles, Deus não pode mudar por ser perfeito. Ora, a misericórdia só é possível de ser exercida se houver mudança no coração de quem a exerce. Aliás, misericórdia não exige mudança de quem é alvo dela e sim de quem a pratica. Há inúmeros exemplos bíblicos de que Deus mudou o que faria e tomou medidas até emergenciais, devido às ações humanas”. [Ricardo Gondim]
Segundo Sanders, em “Deus que arrisca”, Deus mudaria sua mente, continuaria a aprender e fazer exame de risco. Já Gregory Boyd, no livro "Deus do possível", defende que até as decisão divinas são incertas num cosmo livre. Os críticos contra-atacam que se as conclusões de Boyd estiverem corretas, a humanidade tem mais liberdade do que o Criador. E Deus estaria limitando seu conhecimento e poder a fim preservar o livre arbítrio, o que para os opositores é um absurdo.

[Para quem pensa que as doutrinas defendidas pela ala conservadora são puramente influencias gregas]

Quanto à influência grega no que diz respeito a algumas idéias (doutrinas) cristãs, fico impressionado como alguns teólogos ignoram algumas verdades sobre o tema. Por exemplo, podemos observar alguns efeitos do helenismo sobre os judeus no NT. Vale lembrar que alguns destes exemplos não se encontram de maneira explicita em alguns dos textos, no entanto poderão demonstrar tais influências de modo implícito.
Uma das maiores influências do helenismo sobre os judeus que podemos destacar no Novo Testamento é a filosofia grega, a qual gerou muitas mudanças no pensamento judaico, causando, dessa forma, muitos efeitos no modo de se compreender a vida.
Dentre essas influências, podemos observar, de modo positivo, os efeitos da filosofia que tratava da necessidade de se livrar dos padrões tradicionais de comportamento herdados dos antepassados, o que levou a sociedade a adotar certa ênfase no individualismo. Esta influência pode ser observada no fato de que tal ênfase individualista contribuiu, ou facilitou, na época do Novo Testamento, a adoção do conceito de religião pessoal. Assim, quando Jesus desafiava seus ouvintes a deixarem pai e mãe a fim de segui-lo (Lc. 14.26;Mat. 10.37), não encontrava, por parte do conceito tradicional, nenhuma barreira que dificultasse sua mensagem. Assim, podemos observar, apartir desta passagem, que os judeus nos tempos do Novo Testamento, já haviam aderido muitos elementos da filosofia grega. E neste sentido podemos apontar, no Novo Testamento, outro exemplo dessa influência helênica sobre os judeus. Trata-se da declaração do apóstolo Pedro, a qual este fez diante do sinédrio judaico em certa ocasião (Atos 5.29). Após serem, os apóstolos, advertidos a não pregarem o evangelho de Cristo, encontramos Pedro e os demais respondendo ao sinédrio; Antes importa obedecer a Deus do que aos homens [ARA]. Esta era uma frase já conhecida desde os tempos de Sócrates. Este acreditava em princípios universais de verdade e de direito, os quais encontravam em Deus, o qual ele considerava supremo em conduta e caráter, sua forma ultima de expressão pessoal. Aos seus perseguidores atenienses ele dissera; “importa mais obedecer a Deus do que a vós” [Dana, H. E. pág.159]. Ao expressar-se desta maneira, não somente o apóstolo Pedro mas também o sinédrio judaico que não retrucara a tal declaração, parece demonstrar certa familiaridade com alguns conceitos filosóficos. E não apenas isto, mas também demonstram concordarem com tais conceitos que refletem alguns princípios universais de verdade e de direito [A. Luis Pr.]

Nenhum comentário:

Postar um comentário